[De repente, tudo anda à roda, o azul do céu parece rosa, o castanho e o verde da vegetação confundem-se ganham uma nova cor, as árvores mexem, viram e reviram, os troncos ganham elasticidade parecem vir em meu encontro, em busca do meu corpo…
Assustada e confusa corro, corro em direcção a algo perdido, a algo desconhecido, a algo sem fim, corro, corro…
No minuto a seguir tudo parece andar à minha volta, tudo gira, tudo roda, olho e olho, olho não sei para onde, não sei o que vejo, já nem sei o que sinto…
Sinto as minhas pernas bambas, sem forças, a cabeça pesada, os olhos cansados que parecem querer fechar a qualquer instante…
A luz do sol esvaísse, confunde-se com a luz da noite com a luz do dia com a luz do entardecer, do amanhecer, o tecido que cobre o meu corpo escorrega, descai, desliza entre as curvas entre as linhas do meu corpo… redesenha-me… mostra a minha nudez, a nudez da minha pele, do meu corpo, mostra cada pedaço, cada centímetro, cada milímetro de mim…]*
PS: Uma vez que surgiu uma critica CONSTRUTIVA, decidi modificar o texto, até porque o texto não se encontrava totalmente do meu agrado, não sei, parecia que morria no fim, e para comprovar isso vou deixar aqui o outro final para que todos possam comprava-lo:
“Tento andar mais um pouco, mas sinto-me fraca, muito fraca, cada vez mais fraca, o tecido que cobre e esconde a nudez do meu corpo vai descaindo aos poucos, deslizando ao longo das costas, caindo levemente na cintura, redesenhando ao longo do tempo, todas as linhas possíveis e imaginarias existentes no meu corpo…”
* Texto editado às 19h10m